NOSSA HISTÓRIA

LUTA HISTÓRICA DO MOVIMENTO SINDICAL

Desde os primórdios da revolução industrial, os trabalhadores lutam pela redução da jornada e por melhores condições de trabalho, onde a jornada chegava a ser de 14 a 18h diárias. Somente depois de ocorrerem inúmeras manifestações, greve e mortes de trabalhadores é que no dia 1º de maio de 1980 foi reconhecida a jornada de 8 horas diárias. No Brasil, também ocorreram várias lutas mais significativa veio em 1988, com a nova Constituição Federal, onde a jornada legal foi reduzida de 48 horas para 44 horas semanais. Desde então, o movimento sindical mantém uma luta nacional permanente para reduzir ainda mais a jornada de 44 horas para 40 horas semanais.

LUTA DO SINDICATO DE GRAVATAÍ

Os metalúrgicos de Gravataí não tinham sindicato próprio na cidade, pois eram atrelados ao Sindicato de Porto Alegre, porém, a partir de 1986, os trabalhadores iniciaram um grande movimento para se emanciparem e tiver um Sindicato que verdadeiramente lhes representassem lutando por seus direitos. Somente no ano de 2006 obteve o seu reconhecimento junto ao Ministério do Trabalho com a concessão judicial da Carta Sindical. Mas, muito antes disso, já tinha a redução da jornada de trabalho com sua principal pauta de reivindicação.

ESTRATÉGIA QUE DEU CERTO: REDUÇÃO GRADUAL

Percebendo a dificuldade do movimento sindical em conseguir avançar na pauta nacional pela redução da jornada de trabalho colocada na perspectiva de 40 horas já, gerando forte resistência patronal e parlamentar para aprovar uma lei geral, é que o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí estabeleceu sua estratégia. A partir da data base da campanha salarial de 2010 no Acordo Coletivo de Trabalho, do Complexo Industrial Automotivo de Gravataí, que comporta 19 empresas entre Sistemistas e a GM, é que, em vez de insistir com as 40 horas já de uma única vez, foi proposta que a redução da jornada de trabalho sem reduzir salários ocorresse gradualmente, ano a ano, até sua efetiva redução. Assim sendo, desde maio de 2014 a jornada legal é 40 horas semanais. Foram diretamente beneficiados mais de 9 mil trabalhadores do Complexo Automotivo com a redução da jornada e 10% de aumento real por não ter havido redução salarial.

MAIS DE 50% DA CATEGORIA JÁ TEM JORNADA REDUZIDA

Com a repercussão das conquistas do Sindicato, se inicia uma expansão das negociações em mais empresas com a mesma estratégia que deu certo: redução gradual.

SENADO FEDERAL FAZ HOMENAGEM AO SINDICATO

Numa atitude de pleno reconhecimento nacional da nossa conquista em Gravataí é que através do respeitável Senador Paulo Paim fomos homenageados, na seção do plenário do Senado Federal do dia 25 de junho de 2013. “A redução de jornada de trabalho acertada serve de experiência para o restante do País”, destaca Paim.

LIDERES DO MOVIMENTO

Toda a diretoria do nosso Sindicato tem papel importante nesta luta, mas duas lideranças sindicais se destacaram: os dirigentes sindicais Valcir Ascari e Edson Dorneles. Eles articularam e conduziram com competência a estratégia que deu certo: A CONQUISTA DAS 40 HORAS SEMANAIS SEM REDUÇÃO DE SALÁRIOS.

Quebra Mola, diretor administrativo do Sindicato

Edson Dorneles, diretor jurídico do Sindicato

ESTRATÉGIA PARA CONQUISTAR AS 40 HORAS SEMANAIS SEM REDUÇÃO DE SALÁRIOS

“A jornada de trabalho, historicamente, sempre foi um campo de tensão entre o capital e o trabalho, pois diz respeito ao custo desse tempo de vida”.