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Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí celebra investimento histórico da GM em fábrica do Rio Grande do Sul

Anúncio de R$ 1,2 bilhão promete impulsionar economia local e fortalecer setor automotivo

Na manhã desta quinta-feira (11/07), o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (Sinmgra) comemorou com autoridades locais o anúncio feito pela General Motors (GM) de um investimento de R$ 1,2 bilhão em sua unidade de Gravataí. O evento, que contou com a presença do presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro, do vice-presidente Fabio Rua, do governador Eduardo Leite e do prefeito Luiz Zaffalon, marca o início de um novo ciclo de crescimento para a região.

A GM revelou planos para produzir um novo modelo inédito na fábrica gaúcha, que já foi responsável por ícones como Celta, Ônix e Novo Ônix. O investimento faz parte de uma estratégia maior da montadora, que destinará um total de R$ 7 bilhões entre 2024 e 2028 para modernização e expansão de suas operações no Brasil.

“Aqui, em Gravataí, esses recursos nos permitem fortalecer e modernizar nossa capacidade industrial. Mais importante ainda, esse investimento possibilitará o lançamento de novos produtos inovadores, ampliando nossa presença em segmentos até então inexplorados, tanto no mercado brasileiro quanto em outras regiões da América do Sul”, afirmou Santiago Chamorro.

Valcir Ascari, diretor do Sinmgra, conhecido como Quebra Molas, ressaltou a importância desse investimento para os trabalhadores:

“Nosso foco é garantir melhores condições salariais e benefícios para os trabalhadores. Somente este ano, estamos proporcionando um acréscimo de R$ 17 mil no rendimento de cada trabalhador, além de um aumento no benefício alimentação que se reflete diretamente na economia local, movimentando cerca de R$ 1 milhão e meio por mês nos pequenos mercados e comércios de bairro. Isso é de extrema importância para nós. Além disso, estimamos que o sindicato negocie aproximadamente R$ 60 milhões por ano em Programa de Participação nos Resultados (PPR) aqui na região. O Sindicato espera a possibilidade de um terceiro turno com a chegada deste novo automóvel”, afirmou.

A empresa, porém, ainda não confirma a criação de novas vagas de emprego a partir do investimento. Valcir Ascari também enalteceu a importância do diálogo da empresa com os trabalhadores.

“O Sindicato tem um papel social com os trabalhadores, que são nossa razão de estarmos aqui. Em tempos tão difíceis, precisamos saber negociar na hora certa e não ser intransigente. Saber que só existimos porque o outro existe e a sociedade tem que conversar”, acrescentou.

O governador do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, saudou a decisão da empresa.

“Se a empresa investe é porque confia que terá resultados econômicos. Isso nos injeta confiança e otimismo em relação ao futuro do nosso estado”, declarou.

Fabio Rua, vice-presidente da General Motors América do Sul, prestou uma homenagem aos voluntários que ajudaram a amenizar o sofrimento de vítimas das enchentes.

“Essa é uma das cinco mais modernas e produtivas fábricas do mundo. Não é só porque conta com maquinários e robôs, mas porque tem os colaboradores que fazem parte. São quase seis mil entre funcionários diretos e indiretos responsáveis por esses resultados. E essas pessoas são responsáveis por acolher tanta gente que precisou nessa tragédia que ainda não acabou”, disse.

A fábrica da GM em Gravataí iniciou suas atividades em 20 de julho de 2000 e já soma mais de 4,7 milhões de unidades produzidas. A direção da empresa não revela ainda o nome tampouco as características do novo veículo que será produzido em Gravataí, mas informa que o produto inédito atenderá a uma demanda crescente do consumidor em relação a estilo, eficiência energética e tecnologia.

Redação: Marcelo Matusiak

 

 

Nota de Pesar: Gualberto Cetrulo Dusser – Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (Sinmgra)

O Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (Sinmgra) lamenta informar profundamente o falecimento do nosso estimado companheiro Gualberto Cetrulo Dusser, carinhosamente conhecido como “Castelhano”, aos 72 anos.

Castelhano dedicou 24 anos de sua vida ao nosso sindicato, participando de inúmeras negociações e assembleias que marcaram a história da nossa categoria. Ele ocupou diversos cargos no Sinmgra, sempre com comprometimento e dedicação exemplar. Nos últimos anos, desempenhava a função de Diretor Financeiro, contribuindo significativamente para o fortalecimento e a organização do sindicato.

Infelizmente, Castelhano enfrentava problemas de saúde e sofreu um mau súbito, deixando-nos de forma inesperada. Sua ausência será profundamente sentida por todos que tiveram o privilégio de conviver e trabalhar ao seu lado.

O velório acontece no dia 30 de junho, a partir das 17h, com encerramento no dia 1 de julho às 11h, no Crematório e Cemitério Memorial da Colina, em Cachoeirinha.

Neste momento de dor, expressamos nossas mais sinceras condolências aos familiares, amigos e colegas de Castelhano.

Gravataí, 30 de junho de 2024

Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (Sinmgra)

Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí agradece solidariedade do Sindicato de Curitiba em apoio às enchentes

Iniciativa auxilia vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul no processo de reconstrução de suas moradias

O Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (Sinmgra) expressou seu agradecimento ao Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba pela significativa colaboração durante a última semana. Sob a liderança do presidente Sérgio Butka, o sindicato curitibano enviou 200 kits de limpeza em apoio às comunidades afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Valcir Ascari, conhecido como Quebra Molas e diretor do Sinmgra, destacou a importância da parceria entre os sindicatos.

 

“Os companheiros de Curitiba, especialmente o sindicato da Grande Curitiba, foram fundamentais. Estamos trabalhando juntos para limpar casas, ajudar nossos trabalhadores desabrigados e proporcionar o que mais precisam. Este gesto solidário demonstra a essência da cooperação sindical e da solidariedade”, disse.

 

Redação: Marcelo Matusiak

 

 

 

Primeiro acordo de programa federal foi firmado com a Rede Unisuper

 

O escritório Kahle e Bittencourt Advogados, de Gravataí, foi parte de um acordo inédito para manter empregos ameaçados pela catástrofe climática.

Foi assinado nesta semana o primeiro acordo coletivo de trabalho utilizando o programa Lay-off Calamidade, do governo federal, assegurando salário e estabilidade nos empregos a 400 trabalhadores da Rede Unisuper, que pretendia demitir todos os funcionários após ter suas sete lojas alagadas pelas enchentes em Canoas e duas em Porto Alegre, além do Centro de Distribuição, também com sede na capital, e caminhões.

– Muitos dos trabalhadores tiveram casas alagadas. Imagina ficar sem emprego? Esse acordo permite ao trabalhador recomeçar sabendo que tem estabilidade e remuneração. Salvamos mais de 400 empregos – disse ao Seguinte: Moacir Bittecourt, que ao lado de Bruno Kahle presta assessoria jurídica ao Sindicato dos Empregados no Comércio de Canoas.

O acordo prevê a suspensão do contrato entre dois a cinco meses, com validade entre 20 de maio e 31 de outubro. Os benefícios seguem os padrões do programa de Seguro Desemprego, valor mínimo de R$ 1.412,00 (para trabalhadores que recebam salário até R$ 1.765,00 – aproximadamente) e valor máximo de R$ 2.313,74 (salário acima de R$ 3.402,65).

– Mais uma vez um sindicato é o guarda-chuva para o trabalhador na hora da crise. Não para cobrar rescisão, mas para garantir empregos – observa Moacir Bittencourt, que na negociação conseguiu a inclusão de cláusula prevendo que o Unisuper complemente a diferença do salário líquido e remuneração a quem não se enquadrar no programa federal.

O superintendente Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul (SRTE/RS), Claudir Nespolo, que mediou a negociação, projeta que o acordo sirva como paradigma para outras empresas atingidas pela crise climática.

– Demitir não é a primeira opção – disse.

– Esse acordo preservou os funcionários, mas também tranquiliza a empresa que não precisa recontratar – disse o presidente da Rede Unisuper, Sandro Formenton.

– Estávamos na iminência de demitir 600 colaboradores porque fomos atingidos em cheio. A boa relação com o Sindicato, com os funcionários e a comunidade permitiu que isso fosse possível – complementou o presidente do Conselho da Rede Unisuper, Roque Busatto.

Os outros 200 empregados foram contemplados com diferentes medidas para evitar a demissão.

Recomendo reportagem do ExtraClasse, que detalha o acordo e serviu de base para este artigo. Para acessar clique aqui.

Ao fim, não é a primeira negociação inédita que envolve Bittencourt, Kahle e sindicatos que lutam como modernos ‘Otávios’ e não ‘Tiões’, do clássico filme ‘Eles Não Usam Black-tie’.

Só para ficar em dois exemplos, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Artefatos de Borracha (STIAB), o ‘sindicato da borracha’ de Gravataí, com assessoria jurídica do escritório, foi pioneiro no Brasil em ação na Justiça Federal pela liberação dos saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para trabalhadores da Prometeon e da Pirelli, em meio à pandemia da covid, socorro que em seguida pautou o Supremo Tribunal Federal (STF); leia em Sindicato na Justiça para liberar FGTS a trabalhadores da Pirelli e Prometeon; são milhões na economia de Gravataí.

E, inédito no Rio Grande do Sul, acordou um Plano de Demissão Incentivada (PDI) com a Pirelli que garantiu aos mais de mil funcionários da fábrica local ameaçados de perder o emprego um período de estabilidade e uma média de R$ 70 mil líquidos por trabalhador para além das rescisões conforme os anos trabalhados; leia em Como ficou plano de incentivo a demissões na Pirelli; adesão vai até dia 24 e Sem acordo assinado, indenizações da Pirelli restariam suspensas.

Agora, o ineditismo do acordo pode fazer com que o Lay-off Calamidade balize a salvação de milhares de empregos num Rio Grande do Sul afogado economicamente.

Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí promove campanha de arrecadação de roupas íntimas para vítimas das cheias

Iniciativa foi colocada em prática na empresa Uliana, localizada no município

Em resposta à devastação provocada pelas recentes cheias no Rio Grande do Sul, o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (Sinmgra) mobilizou uma ação de solidariedade voltada à arrecadação de roupas íntimas para as vítimas da tragédia. A iniciativa ocorreu durante a assembleia de mobilização de trabalhadores na última semana, na sede da empresa Uliana Indústria Metalúrgica, localizada na Avenida Ely Correa. A campanha consiste na doação de uma calcinha por parte das trabalhadoras e uma cueca por parte dos trabalhadores. Essas peças serão destinadas às mulheres e homens desabrigados, respectivamente.

 

Movimento semelhante está em andamento na General Motors, em Gravataí, com a “Campanha do Quilo”, visando arrecadar pelo menos cinco toneladas de alimentos para ajudar as milhares de famílias atingidas. Na montadora, a proposta é semelhante, convidando cada um a fazer a sua parte.

 

Redação: Marcelo Matusiak

 

Sobre o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí

O Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí é fruto de uma longa trajetória de luta e empenho dos trabalhadores. Surgiu em 2006, após anos de mobilização para obter reconhecimento próprio. Desde então, tem sido um defensor dos direitos dos metalúrgicos, tendo obtido conquistas históricas como a redução da jornada de trabalho beneficiando milhares de trabalhadores do Complexo Industrial Automotivo de Gravataí. Atua sob liderança e competência dos dirigentes sindicais Valcir Ascari (Quebra Molas) e Edson Dorneles, entre outros.

 

 

Marcelo Roxo Matusiak
playpress@playpress.com.br